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Melasma: tipos, causas e tratamentos para reduzir as manchas

Melasma
Photo by Mehrpouya H on Unsplash

Manchas castanho-escuras ou amarronzadas e com formatos irregulares, sobretudo no rosto, podem ser sinais de melasma. Mesmo sem efeitos colaterais sérios, você  deve ficar atenta.

Como não provoca dores ou coceiras, muitas pessoas não se incomodam e deixam de procurar um médico dermatologista. Essa falta de diagnóstico agrava a condição e pode até mascarar outros problemas de pele. 

Então, além de ler esse artigo, faça os exames dermatológicos corretos! 

Nos próximos tópicos você entenderá o que é melasma na pele, como funciona o exame diagnóstico e quais são os tratamentos mais comuns

Bora lá? =) 

O que é o melasma? 

O melasma é uma hiperpigmentação da pele que não provoca impactos na saúde do corpo, apenas alterações estéticas com o surgimento de manchas amarronzadas ou castanho-escuras em áreas muito expostas aos raios solares. 

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina mostrou que 90% dos pacientes com a condição são mulheres, principalmente hispânicas, asiáticas, ou latino-americanas (que, naturalmente, produzem mais melanina). 

Trata-se de uma doença crônica e recorrente, comum entre 20 e 50 anos. Embora o rosto seja o mais atingido, as manchas também podem surgir nos braços, pescoço e colo. O tamanho e os formatos variam bastante. 

Existem três tipos de melasma e definir qual deles atinge a sua pele é o que faz a diferença, afinal, para cada um há tratamentos específicos. Por isso é fundamental ir ao dermatologista, heim!

Os três tipos de melasma

Basicamente, eles se distinguem pela camada da pele atingida:

Causas e fatores de risco 

Embora a comunidade médica não tenha definido as causas do melasma, sabe-se que os raios ultravioleta (UV) estão diretamente ligados com as manchas. Isso, porque estimulam a produção de melanina, provocando o acúmulo nos tecidos. 

E se engana quem acha que o perigo está apenas na exposição solar, a chamada “luz visível” também afeta a nossa pele. Ela é emitida pelos eletrônicos, como a tela do computador, celular e até pelas lâmpadas fluorescentes. 

Ou seja, o protetor solar precisa ser o seu melhor amigo de dia e de noite, na rua ou dentro de casa. 

Também há uma relação do melasma com a gestação. 

Segundo o dermatologista Bruno Vargas, criador do Portal do Melasma, na verdade, o real inimigo é unir os hormônios produzidos naturalmente durante a gravidez, que provocam a hiperpigmentação, com a exposição aos raios UV.

Esse fenômeno é conhecido como cloasma gravídico, desaparecendo logo depois do parto. 

Fatores como o histórico familiar e tratamentos hormonais variados, como as pílulas anticoncepcionais, também podem ocasionar o melasma. 

Como é feito o diagnóstico 

O mais comum é utilizar a lâmpada de Wood (ou LW) para verificar a presença e a extensão das lesões. Basta posicionar o equipamento a 15 cm do local afetado, em um ambiente escuro. 

O diagnóstico é feito com base no padrão de fluorescência apresentada. No caso do melasma, ela é marrom-escura. O resultado é rápido, mas deve ser acompanhado de outras análises: 

O dermatologista também pode solicitar exames para se certificar que não é alguma doença inflamatória com sintomas parecidos, como a fase inicial da dermatite. Além disso, a biópsia da região pode ser solicitada. 

Importância do protetor solar correto 

O melasma não possui cura e os cuidados devem ser contínuos. O primeiro passo é tornar o protetor solar o seu melhor amigo: use-o diariamente, mesmo que você não vá se expor ao sol (lembra da luz visível, né?). 

Mas é preciso ter cuidado ao escolher o protetor solar adequado. Fique de olho nessas duas siglas: 

A sigla PPD também pode ser representada pela UVA ou por vários sinais de soma, como PPD++ ou UVA++. 

O ideal é que os portadores de melasma usem protetores solar com, no mínimo, 30 FPS e índice PPD de um terço desse valor. 

Lembre-se de reaplicar o produto a cada três horas, sempre que a sua pele suar muito ou se molhar — como na praia e na piscina. 

Cuidado redobrado no inverno

Não é porque o sol não apareceu, que os raios ultravioletas não estejam afetando a sua pele. Por isso, mesmo que seja inverno, continue usando o protetor solar. Uma dica é caprichar na aplicação do rosto, pescoço, colo e braços. 

Tratamentos disponíveis 

Para o tratamento do melasma, podem ser recomendados medicamentos com ação antioxidante, que uniformizam a pele e combatem os radicais livres, além do uso de ácidos à noite (a exposição ao sol é proibida, pois pode queimar a pele). 

Os ácidos mais indicados são: 

Também são usados cremes e pomadas com ação clareadora, como a tretinoína, e o consumo de medicamentos orais. 

No caso do melasma epidérmico, os peelings químicos podem acelerar a remoção do excesso de melanina da pele e auxiliar no clareamento das manchas. 

Os casos mais complicados e persistentes, como o dérmico ou misto, pode-se usar tratamento com laser. Mas por ser uma prática agressiva, só deve ser feita após a recomendação de um dermatologista — se feitos de forma inadequada, inflamam e agravam as manchas. 

Dicas bônus 

1 – Evite o estresse

O estresse excessivo também provoca aumento das manchas escuras decorrentes do melasma, pois favorece o aumento dos níveis de cortisol no corpo, um hormônio que estimula a produção de melanina. 

2 – Use protetor solar com cor 

Outra dica é o protetor solar com cor. Ele uniformiza o tom da pele, assim como as maquiagens, protege contra os raios UVA e UVB e atua como segunda barreira de proteção contra a chamada luz visível

3 – Não faça tratamentos caseiros 

Com exceção da limpeza de pele caseira, que promove a leve esfoliação da pele, as “receitinhas de internet” que prometem resultados milagrosos podem irritar o rosto e agravar as manchas. 

É como sempre falamos: o ideal sempre será consultar um dermatologista! 🙂 

Tem dúvidas, quer saber mais ou quer sugerir um tema? Fale com a Permeata. A gente adora trocar experiências!